PROTAGONISMO DA MULHER
- luterraterapeuta

- 7 de ago.
- 2 min de leitura

Hoje, tenho certeza de que, para a terapia sexual funcionar efetivamente, transformando a vida da mulher, é necessário que ela seja proativa e entenda o seu papel no processo. A terapia que que realizo tem base no Sexological Bodywork e não no Tantra. A diferença mais importante entre uma terapia e outra é que no Sexological pedimos que o/a cliente participe do processo do início ao fim. Chamamos essa participação de “co-criação”.
Para explicar melhor, partimos da neuroplasticidade do cérebro humano. Hoje entendemos que não só quando somos crianças, mas até o final de nossas vidas, somos capazes de criar novas conexões neurais a partir de experiências que vivemos. Nosso cérebro é capaz de aprender coisas novas e compreender caminhos diferentes para antigas experiências, principalmente a partir da socialização, ou seja, quando estamos em companhia de alguém. Tudo melhora ainda mais se esse alguém é um terapeuta, totalmente dedicado ao seu processo. A teoria polivagal, introduzida em 1994 por Stephen Porges, fala de uma coleção de propostas de construções evolutivas, neurocientíficas e psicológicas relativas ao papel do nervo vago na regulação emocional, a partir da conexão social e na resposta ao medo e ao trauma. E como isso funcional na nossa sexualidade?A cliente, junto comigo vai experienciar toques e estímulos no corpo, nomeando e registrando as boas sensações. Dessa forma ela “ensina” o próprio corpo a reconhecer o prazer.
Compreendo que hoje vivemos numa sociedade extremamente desconectada dos corpos, sensações e até do “sexto sentido” que todas nós temos. Não fazemos isso conscientemente, e infelizmente, sendo essa uma sociedade neoliberal, somos estimulados o tempo todo a buscar fora a resolução de nossos problemas. Cria-se todo o tipo de serviço para que a roda gire e o consumo seja cada vez mais “necessário”. Com isso, deixamos de lado nosso potencial para dar conta sozinhos de MUITA COISA. Vejo as clientes chegando, achando que vão me contratar e delegar uma solução mágica para o problema delas. Mas, quando falamos de corpo, não existe “delegar”. Não existe mágica. Não existe trabalho se a dona desse corpo não estiver totalmente envolvida no processo. Totalmente é 100%.
Faz sentido para você?



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